"O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção." (Artur da Távola)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Era uma vez...

Ganhei a Lori do pessoal da clínica veterinária que freqüento para cuidar de meus gatinhos e dos da minha mãe. Um dia levamos nossos gatos para tomar injeções, e uma das meninas entrou na sala com a Lori na mão, dizendo: “Olha! Esse aqui eu só dou pra alguém como vocês.” Por que ela disse isso? Simplesmente porque eu e meu marido, Marcos, já somos conhecidos por lá como “o casal dos gatos”. Isso mesmo, depois que resolvemos ter mais de um gato, estamos praticamente todas as semanas na clínica, isso porque tem banho, remédio, etc. É que pegamos gatinhos meio doentes. Enfim, percebendo todo esse esforço para cuidar bem de nossos bichinhos, acharam que nada mais viável que entregar um gatinho deficiente visual para nós. É, pensando assim, é mesmo o melhor, mas... Não aceitamos a Lori de imediato, afinal já tínhamos 03 gatos, e a mais velha não recebe muito bem os novos, ela é agressiva e sempre se afasta da gente, deixando bem claro seu protesto em ter perdido um reinado de muitos anos. Mesmo assim... Pensamos bastante, ponderamos, e nosso coração de manteiga resolveu que seria bem interessante passar por uma experiência dessas, além de ser um ato de generosidade, pois bichinhos assim geralmente morrem nos abrigos, por falta de alguém que se interesse em adotar os mesmos.
Fiquei então “matutando” sobre como seria a convivência com um “ceguinho”, já que nunca havia criado um bichinho deficiente, e tampouco conheço alguém que o tenha feito. Assim, o que pensei? Internet, internet! Mas talvez por muita ignorância, não consegui encontrar algo mais substancial sobre como cuidar de um gatinho assim. Somente coisas superficiais ou mesmo dicas rápidas, como: “Gatos cegos se adaptam com facilidade e vivem como um que enxerga.” e “Não mude os móveis de lugar, para não atrapalhar a movimentação do bichano pela casa.”. Mas não era só aquilo que eu queria saber. Eu tinha curiosidade sobre como era o primeiro dia, como iria ensinar onde ficam as coisas da casa, enfim, uma instrução mais detalhada. Assim surgiu a idéia de criar o Blog (idéia vinda do meu marido!), logo que a Lori chegasse em casa. Na base da observação e da própria experiência, resolvi que seria interessante dividir isso com o resto das pessoas, inclusive para que percam o preconceito de criar esses bichinhos, já que vi no rosto das pessoas a quem comuniquei a novidade, uma admiração seguida, geralmente, pela observação de que seria muito complicado, etc.
Então estamos aqui. Eu e Lori iremos detalhar o máximo possível da nossa convivência. Estamos a sua disposição para tirar dúvidas e dar dicas interessantes, dentro do possível, claro! Pois não somos especialistas no assunto. Espero que possamos contribuir muito!
P.S.: O nome “Lori” foi para substituir “Chico”, pois de início, como ela era muito miudinha, eu não tinha certeza se era macho ou fêmea, e mesmo assim fiquei chamando de nome masculino, acreditando que era “menino”. Mas o novo nome foi sem razão especial de ser.

Gisele.

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